segunda-feira, 30 de março de 2015

A juventude trabalhadora sabe o que quer - Por Thiago Pereira


A luta dos trabalhadores e trabalhadoras jovens sempre esteve acesa. Em 2013 e 2014, o povo nas ruas realizou grandes marchas, dando mais força para avançar as mudanças do projeto iniciado em 2003. Queremos mais direitos e desenvolvimento. Precisamos lutar por isso, pois a crise mundial do capitalismo só tem a oferecer miséria, precarização do trabalho, guerras e degradação do meio ambiente. 

No Brasil, a direita neoliberal liderada pela mídia golpista faz de tudo para interromper o ciclo de vitórias conquistado pela juventude e os trabalhadores. Expressando a liberdade nas ruas e nas redes, a juventude quer seu lugar no Projeto Nacional de Desenvolvimento. As marchas expressaram a luta pela mobilidade urbana e o direito a uma cidade mais humana, melhores serviços na área da saúde e educação, além de uma profunda transformação na política, que mesmo com os avanços, ainda não é o suficiente. 

Contra essa mobilização haverá a resistência e as manipulações das velhas elites. É preciso evidenciar que tudo isso não vai melhorar como queremos enquanto os gastos com banqueiros e especuladores tomarem quase metade do orçamento do Brasil, inviabilizando o desenvolvimento e mais conquistas para a juventude.

A origem da corrupção é o peso do dinheiro na eleição dos nossos representantes. Basta de eleger somente quem é financiado por banqueiros, latifundiários e grandes empresários. Queremos o lugar das mulheres, da juventude, dos negros, da classe trabalhadora. Política não é mercadoria. Acredite! Há saída para esse estado de coisas no Brasil. A reforma política com o fim do financiamento privado de campanha eleitoral será o início de uma nova era na política brasileira. 

A mídia continuará tentando manipular o povo e criminalizar os movimentos sociais enquanto houver o monopólio dos meios de comunicação. A juventude e os trabalhadores estão nas ruas para expressar a liberdade que não encontram na “telinha” e nos “jornalões”. É preciso uma nova lei que desconcentre os meios de comunicação, garantindo liberdade, pluralidade e diversidade. Continuaremos nas ruas e nas redes exigindo a democratização dos meios de comunicação, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução dos salários, fim do fator previdenciário, revogação das medidas provisórias 664 e 665 e a regularização do FIES.

* Diretor do Sindicato Dos Comerciários de Salvador-Sintrasuper, membro do coletivo de jovens da CTB e dirigente da UJS Bahia

Nenhum comentário:

Postar um comentário