sexta-feira, 25 de julho de 2014

Dia da Mulher Negra


No dia em que celebramos a vida e a luta das mulheres negras, gritemos: a mulher negra não existe! Não no singular. Não há uma identidade única, fixa, universal. Embora possa haver semelhanças de concepções, as nossas experiências são múltiplas e complexas, não cabem em definições superficiais.
Há muitos exemplos de mulheres negras que romperam com os papéis sociais a elas atribuídos segundo os padrões culturais. A historiografia oficial nos tem invisíveis; a mídia, quando não nos ignora, nos confinam num conceito estreito e míope. Olhem para os lados, fujam dos estereótipos! Sejam capazes se enxergar: há vários outros elementos constitutivos das identidades das mulheres negras: classe social, etnia, geração, religião. Não somos todas iguais e superar essa sanha por um tipo totalizante é etapa indispensável à emancipação plena das mulheres.

Não esqueçamos: gênero é uma forma de significar as relações de poder.

Por Natália Gonçalves, Dir. de Mulheres da UJS Bahia

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