O
contexto de eleições que vivemos nesse momento no Brasil deve servir para que
façamos profundas reflexões sobre modelo político vigente, possibilitando a
identificação das contradições e mecanismos de saná-las e garantir cada vez
mais o aprofundamento da democracia e da luta por direitos iguais.
É
preciso sempre pensar na renovação da política para que haja uma oxigenação
constante nas instâncias de representação, nos debates e para que cada vez mais
os projetos sejam evidenciados em detrimento do personalismo.
A
luta social forma cotidianamente quadros jovens e qualificados politicamente
com condições de exercerem mandatos políticos eletivos. Seja nas lutas por
garantia de trabalho com condições e salários dignos, na luta pela vida dos
jovens negros, na luta por mais mulheres nos espaços de poder, nas lutas
estudantis por melhor educação, nas lutas lgbt por mais direitos, luta pelo
esporte, pela cultura, na expressão hip hop e tantas outras frentes,
cotidianamente jovens são formados politicamente.
Alguns
setores reacionários do Brasil sinalizam para a renovação da política através
da eleição de filhos e netos de velhos coronéis ou personalidades, mantendo uma
velha política, mas com uma cara nova e a velha lógica personalista.
Existem
muitas figuras que herdaram a tradição política da família e foram testadas em
diversas esferas, não só a institucional, e mesmo nesta, foram galgando espaço
em compasso com a experiência que adquiriam e a compreensão da importância do
bem público e da responsabilidade da representação.
Como
as condições de disputa política são completamente desiguais a possibilidade de
um jovem formado na luta social obter vitória é extremamente inferior a de um
“Junior”. Isso justifica o porquê de só termos 70 deputados oriundo das lutas
sociais dentre 513.
Por
isso está na pauta de jovens que lutam por uma nova cultura política e o
aprofundamento da democracia e participação popular, uma Reforma Política com
fim do financiamento privado de campanha através de uma constituinte soberana.
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